DUB para Oxum é obra realizada a partir de vivência realizada dentro do Terreiro Ìlẹ̀ Àṣẹ Osun Ynká, localizado no bairro de São Cristóvão, Salvador, Bahia. A partir do contato com a Yalorixá e zeladora do espaço, dona Maria das Graças Guimarães, foi realizada imersão de 4 dias, com o propósito de pensar e produzir música eletrônica a partir da música religiosa do Candomblé, executada por Ogans da casa: Paulo Roberto Guimarães Santos e Florisvaldo Nei Guimarães Santos, acompanhados pelo Ọ̀tùn Àlágbẹ̀ do Ìlẹ̀ Àṣẹ Kalẹ̀ Bọ̀kún, João Victor de Brito Lima e José Pedro Gomes de Brito, BálỌ̀gún do mesmo terreiro. No contexto religioso essa é uma música cantada na língua Ioruba para louvar a entrada da Orixá Oxum no barracão, depois de vestida e paramentada com suas vestes religiosas. O ritmo, o toque, que no caso desta faixa é o Ijexá existe para além de um ritmo religioso do Candomblé, Ijexá na verdade é uma nação, assim como as mais conhecidas nações Ketu, Angola e Gêge. A gravação e produção musical foram realizadas por DJs-produtores ativos na cena da produção nacional de música eletrônica, sendo que um deles desenvolve atualmente pesquisa específica sobre este gênero musical em programa regular de Doutorado. Este fonograma está, portanto, vinculado a um projeto de pesquisa em andamento dentro de um Curso de Doutorado em Etnomusicologia.  Esta composição, portanto, refere-se a um processo de pesquisa em andamento cujo tema é justamente a música eletrônica brasileira que vem sendo desenvolvida a partir da relação entre pessoas que produzem música eletrônica e comunidades e indivíduos imersos na música e cultura popular tradicional. A pesquisa tem se desenvolvido a partir de uma metodologia que busca a realização de vivências, encontros e convívio. Sendo assim, estão sendo planejados encontros, como a imersão realizada no Ilê Axé Osun Ynká, onde o contexto de interação voltado para a produção de música revele informações e indique caminhos para a leitura e interpretação deste tipo de música que a pesquisa pretende caracterizar como gênero específico, contra-hegemônico e decolonial: o Subgrave Nordestino. Esta faixa é resultado da primeira vivência realizada especificamente para o projeto de pesquisa.