Tamanho da fonte: 

O frágil reconhecimento social da música como trabalho e dos(as) musicistas como trabalhadores(as) curiosamente contrasta com os achados de pesquisa sobre a história das organizações de trabalhadores(as) musicistas no Brasil. Apesar da invisibilidade do trabalho e dos(as) trabalhadores(as) ser um dos traços característicos da plataformização do mundo do trabalho contemporâneo, a invisibilidade do estatuto dos(as) musicistas como trabalhadores(as) parece ser um fenômeno mais antigo, que se reinscreve na atualidade. Tal fenômeno leva a considerar que a produção de uma ontologia do presente das organizações de trabalhadores(as) musicistas no país se mostra como um objeto fundamental na contemporaneidade. Considerando essa perspectiva e o cenário histórico das atividades das organizações desses(as) trabalhadores(as) no Brasil, sobretudo a partir do século XX, como tem sido evidenciado pela literatura, esta comunicação pretende contribuir com a compreensão e o reconhecimento da história dessas organizações em Curitiba. Para tanto, aborda parte das atividades da União dos Jazz Band e de sindicatos de músicos em Curitiba, a partir de uma pesquisa bibliográfica e documental em andamento.