Esta pesquisa tem por objetivo explorar os debates estéticos do século XVIII em torno da ideia de música como arte imitativa, tomando como figura central o filósofo escocês Adam Smith. Utilizando a própria análise dos textos como base metodológica, o trabalho explora o impacto de sua tese inovadora para a época, ao defender que a imitação da natureza não seria essencial para a música instrumental pura. O ensaio de Smith pode ser considerado como um dos marcos da autonomia estética da música instrumental e já antecipa ideias que seriam retomadas e desenvolvidas pelos autores do primeiro romantismo alemão e, mais tarde, também por Eduard Hanslick em seu famoso ensaio “Do Belo Musical”, mais de meio século depois.