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Este trabalho tem como objetivo levantar uma discussão sobre a necessidade do estudo da antropologia visual na pesquisa de campo em música. É relatado de forma breve a história da antropologia visual, sua origem e suas mudanças desde o surgimento da fotografia até a criação do cinema. Discute sobre como o olhar antropológico nunca será imparcial, pois ao que registra coloca sua perspectiva sobre o objeto de estudo. Relata a pesquisa de campo financiada feita em 2022, intitulada: Matrizes Culturais do Forró no Rio Grande do Norte: um estudo junto a sanfoneiros do Território da Cidadania Agreste Litoral Sul. Onde foram realizadas, gravadas e editadas entrevistas com interlocutores sanfoneiros e músicos antigos dessa região. O resultado foram cinco entrevistas onde os músicos contam sua trajetória de vida com a música e relatam quais foram as principais características do forró tocado em suas respectivas regiões. Por fim, é feita uma reflexão sobre como o estudo da antropologia visual e de suas metodologias pode transformar a pesquisa de campo em música, trazendo um  protagonismo aos seus interlocutores e retratando de forma sensível suas histórias e sua arte.