Este artigo focaliza a improvisação no violão solo, especificamente explorando a polifonia e o idiomatismo presentes em um solo do violonista Nelson Veras sobre o standard de jazz "Body and Soul" de John Green. O objetivo principal é analisar os elementos e recursos empregados por Veras em pontos de seu improviso, a fim de contribuir para o estudo da improvisação no contexto do violão solo. A base teórico-metodológica deste trabalho envolve uma abordagem analítica da transcrição do solo de Nelson Veras, destacando elementos como escalas, arpejos, impulso instrumental e estruturas texturais. Além disso, são explorados os aspectos técnicos e interpretativos que tornam o improviso de Veras idiomático à linguagem do violão. Através da análise, é possível identificar a integração de elementos polifônicos, criando uma tapeçaria sonora. Além disso, o estudo destaca o idiomatismo presente em suas escolhas melódicas, evidenciando sua compreensão da linguagem e das possibilidades expressivas do instrumento. Em conclusão, a análise detalhada do solo de Nelson Veras sobre "Body and Soul" oferece insights valiosos para músicos e estudantes de violão interessados na improvisação solo. A compreensão dos elementos técnicos e artísticos empregados por Veras pode enriquecer as abordagens individuais à improvisação, estimulando a exploração de novas ideias e expandindo o vocabulário técnico no violão solo. Este estudo contribui assim para o aprofundamento do conhecimento e desenvolvimento da habilidade improvisativa neste contexto.