Trata-se aqui do modelo híbrido de eventos musicais, congregação de assistência presencial e remota que utiliza o livestream como tecnologia básica de transmissão virtual. Desde 2020, o modelo híbrido tem sido apontado como o futuro dos eventos musicais. No entanto, é incerto se isso representa inovação para a música ao vivo ou se é apenas estratégia de marketing. Trata-se de assunto de abrangência mundial e ainda pouco explorado cientificamente dada a sua atualidade, envolvendo representação simbólica, discurso midiático e novas tecnologias aplicadas à música. Foram elencadas e analisadas páginas da internet e estudos mais relevantes que relacionam eventos híbridos ao futuro da música ao vivo e à inovação. Também foram mapeados eventos híbridos ocorrido nos Brasil entre 2020 e 2023, período em que foram adotadas e, depois, revogadas restrições aos eventos musicais presenciais. Verifica-se que as iniciativas denominadas “híbridas” ou inteiramente digitais são menos presentes do que o discurso midiático apontava. O conceito de “inovação” também é, aqui, analisado e relativizado.