ANPPOM, XXXIII Congresso da ANPPOM

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Planejamento composicional a partir da ferramenta intertextual askesis
Helder Alves de Oliveira

Última alteração: 2024-01-11

Resumo


Este artigo visa descrever o planejamento composicional de uma nova obra, intitulada Ária, com base em sugestões musicais para a efetivação da ferramenta intertextual de Harold Bloom (2002) denominada askesis. Dentre essas sugestões, encontram-se o uso e modificações de determinadas ideias essenciais utilizadas por Ludwig van Beethoven no segundo movimento da sua Sonata 32, Op. 111, para piano solo. As ideias de Beethoven foram: o tipo musical arietta, o procedimento composicional de variação abstrata segundo Paul Thom (2007) e o movimento rítmico intensificado abordado por Heinrich Schenker (2015). As proposições analíticas desses dois teóricos foram revisitadas neste trabalho para melhor entendimento da obra de Beethoven usada como referência para a criação da nova obra. As modificações das ideias de Beethoven são apresentadas neste trabalho, bem como outros desvios para reforçar as diferenças entre a nova obra e a obra de origem. A intertextualidade na área da composição musical mostra um grande potencial para a criação de novas obras, visto que oferece pontos de partida coerentes e subsídios para a criatividade, além de redescobertas de procedimentos criativos dos compositores precursores.


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