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Este artigo pretende aprofundar as relações entre videogame e performance, encarando o jogo como uma entidade sistêmica produtora de um resultado musical. Nele utilizamos as elaborações sobre obra musical, invariância e imprecisão de Valério Fiel da Costa (2009) para aproximar a estrutura da obra musical da estrutura do jogo. Trazemos os modelos usados para investigação do jogo como performance expostos por Clara Fernández-Vara (2009) para propor um novo modelo que contemple as condições da performance no video game. Concluímos então que as regras do jogo criam uma entidade sistêmica, que usa estratégias de invariância e imprecisão, formando uma matriz que cria uma natureza, um palco, um instrumento e uma partitura que pode ser executada pelo jogador. A aproximação entre jogo eletrônico e obra musical é um ponto de partida para expansão da literatura musical em relações intermidiáticas.