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O presente artigo pretende mostrar as estratégias de catalogação e disponibilização do acervo da compositora Vânia Dantas Leite: os desafios em tratar de um acervo com muitas tipologias - de partituras em papel a vídeos digitais e softwares. Deve mostrar também, a partir do processo de digitalização de alguns documentos em papel, como um item genericamente definido enquanto “partituras” pode variar de rascunhos de obras não realizadas a esquemas e a roteiros - discutindo como este termo deve ser elástico para dar conta dos processos de partiturização da compositora. Discute como a necessidade de armazenamento e publicação do material em áudio por uma Universidade brasileira gerou a criação de um protocolo de formalização de metadados, bem como estratégias institucionais em bancos de dados para darem conta destes suportes. Por fim, ao apresentar a compositora e sua trajetória, traz algumas questões musicológicas a partir das referências que fundamentaram o projeto e de alguns trabalhos até então pouco acessíveis, tais como: sua temática nacionalista com linguagem musical ligada às vanguardas musicais européias, sua abordagem com imagens visuais, a qual denominou música-vídeo e sua utilização tecnológica que, ao atravessar três décadas, abordou sistemas analógicos a digitais de criação em áudio musical.