O violão é um instrumento que oferece uma distinta gama de possibilidades timbrísticas, e desde seu surgimento, no século XIX, compositores exploravam essa faceta em suas composições, buscando coloridos orquestrais através da imitação timbrística de outros instrumentos. O objetivo deste artigo é estudar os métodos de autores da época e selecionar exemplos do repertório para servir como ponto de partida na interpretação do repertório para violão do século XIX. Os métodos de Fernando Sor, Dionísio Aguado, Emílio Pujol e Paschual Roch foram analisados e comparados, considerando similaridades, diferenças, questões estéticas, técnicas e idiomáticas. Concluímos que a investigação do "violão como pequena orquestra" é valiosa para uma interpretação musical embasada. Ao avaliar os perfis melódicos, rítmicos, padrões de composição e a relação entre métodos e obras analisadas, é possível obter uma compreensão mais profunda e refinada para aplicação prática.