Última alteração: 2022-11-28
Resumo
Resumo: A presente proposta de comunicação tem como objetivo apresentar análise feita a partir de etnografia realizada em festas privadas e voltadas ao público lésbico e que ocorrem na cidade de São Paulo. Nesses espaços DJs, MCs e público feminino tocam, cantam e dançam o funk lésbico. Este estilo de funk surgido a partir de 2017 aproximadamente, contém narrativa erotizada que enfatiza o prazer e palavrões referentes a partes sexualizadas do corpo feminino, destacando-se a exclusão de menção fálica e discurso misógino. O funk é produzido e reproduzido majoritariamente por meio de tecnologia. No caso do funk lésbico ocorre uma fusão entre tecnologia e discurso contra hegemônico - heteronormativo capaz de ressignificar estereótipos e o corpo considerado abjeto, transformando-o num corpo político por meio da diversão, ocupação e criação de espaços. A fundamentação teórica parte do conceito de Musicar Local, conforme proposto por Suzel Reily e desenvolvido no grupo temático de pesquisa Musicar Local.