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Este artigo propõe a imersão em um procedimento musical comumente utilizado por arranjadores, compositores e intérpretes do choro: a inflexão melódica. Se faz necessário que esse procedimento habite conscientemente o fazer musical de intérpretes ligados ao choro, e que a prática desses músicos seja sistematizada. O objetivo deste trabalho foi investigar como o estudo e a prática de inflexões melódicas podem ser estruturados e aplicados em uma proposta pedagógica para a formação do flautista no choro. A inflexão melódica traz um repertório de possibilidades e configurações de elementos da construção melódica desse gênero. Aqui, esse procedimento foi elaborado e sistematizado com base em Almada (2006), Geus (2009) e Machado (2019). Neste trabalho foi montada uma síntese dos materiais de conhecimentos prévios às inflexões melódicas. Como método, foram aplicadas inflexões melódicas no choro “Desprezado” do compositor Pixinguinha (1897 - 1973), por meio de um arranjo autoral. Esta proposta pode ser aplicada em diferentes contextos, inclusive nas rodas de choro. Podemos considerar que essa prática além de despertar o planejamento estratégico do intérprete, compartilha experiências estilísticas referentes às características e o idiomatismo do choro.

Intérprete Flautista; Choro; Inflexão Melódica; Proposta Pedagógica.