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Este trabalho tem como objetivo a construção de uma tipologia inicial que dê conta de entrecruzar duas formas de polaridades musicais: a primeira sendo a da música de concerto e da música popular, a segunda, a da prática mediada pela tecnologia da partitura, e pela tecnologia da gravação. A consideração das práticas musicais  é feita à luz da crítica aos conceitos de “música séria” e de “música de entretenimento”, em geral aplicados à música de concerto e à música popular. Para esta crítica, adotam-se os conceitos de capital cultural, competência musical, e hierarquia de pertinências, conforme discutido por Grayck, Blacking e Delalande, respectivamente. A partir do entrecruzamento de tais polaridades, estabelece-se a delimitação do que seria uma música de concerto e uma música popular fonográficas e não fonográficas. Como referenciais teóricos para a delimitação dos marcos temporais das tecnologias da partitura e da fonografia, estaremos nos baseando em Théberge, Delalande e Brown.

Fonografia; Partitura; Música de Concerto; Música Popular; Mediação Tecnológica.