ANPPOM, XXXII CONGRESSO DA ANPPOM

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Uma seresta para Guinga: reflexões sobre a memória na criação musical
Mário Sève

Última alteração: 2022-10-06

Resumo


Este artigo objetiva refletir sobre o papel da memória na criação da obra do compositor, cantor e violonista carioca Carlos Althier de Souza Lemos Escobar, Guinga — aclamado como um dos expoentes da canção brasileira contemporânea. Escritos filosóficos de Bergson e de seus comentadores, que formam o quadro teórico desta pesquisa, se juntam a dados biográficos e diversos depoimentos do artista. A seresta e outros estilos se manifestam na música de Guinga a partir de evocações sonoras de sua infância e de sua juventude — que aparecem pontuadas em discursos, procedimentos composicionais, títulos de peças, versos de canções e imagens de capas de seus álbuns. No fluxo contínuo de sua memória, antigas e novas experiências musicais são criativamente processadas para construir uma obra singular marcada por inusitados diálogos entre passado, presente e futuro.



Palavras-chave


Memória; Criação musical; Bergson; Guinga; Música brasileira.

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