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Neste artigo, demonstro como o fonógrafo, inventado por Thomas Edison e influenciado pelos ideais objetivistas do seu tempo, moldou produções composicionais e influiu em mudanças de paradigma da musicologia nos seus primeiros 50 anos. Partindo do conceito Kittleriano de que o medium molda o discurso (KITTLER, 1999), investigo manifestações composicionais em que esta influência é aparente, como é o caso das gravações e composições de Brahms, Stravinsky, Hindemith, Toch e Wolpe abordadas no decorrer do artigo. Ademais, examino as tentativas da transcrição de melodias Zuñi feitas por Gilma e Stumpf para afirmar que esta máquina sonora foi responsável por uma mudança de paradigma da musicologia, que migrou sua atenção para gravações de áudio. Neste panorama dos 50 primeiros anos do fonógrafo, avalio as contribuições dessa nova invenção ao influenciar compositores e trazer um caráter objetivista aos estudos de música.

Fonógrafo, Objetivismo, Composição musical, Musicologia.