Última alteração: 2020-12-20
Resumo
. Este artigo busca questionar as tradições mecanicistas herdadas da pedagogia da performance musical do século XIX da qual polarizou a prática musical na divisão entre musicos que criam e musicos que executam. Essa fragmentação dificultou a compreensão do(a) performer sobre a linguagem musical em sua completude, interferindo negativamente no desenvolvimento de habilidades criativas. Nesse sentido, procurei contextualizar essa problemática e propor algumas estratégias que possam resgatar uma práxis mais plural. Para isso, direcionei uma série de análises sobre a consciência harmônica no estudo dos arpejos e seus desdobramentos na notação, improvisação e reelaboração musical buscando dialogar com a idéia de “curiosidade crítica” proposta por Paulo Freire.