Última alteração: 2022-01-01
Resumo
Este artigo objetiva investigar as possibilidades interpretativas na obra indeterminada, a partir do estudo de caso de Blirium C9 (1965), de Gilberto Mendes. Diferentemente de uma escrita partiturada, a obra apresenta um manual, cuja particularidade se detém à autonomia do intérprete quanto ao processo de criação composicional de Blirium C9. A partir de reflexões filosóficas de Immanuel Kant, sobre as condições de possibilidade da imaginação à ação na Crítica da Razão Pura (2018), atrelado aos conceitos de visão prismática e artista-pesquisador, desenvolvidos por Coessens (2014), Fortin e Gosselin (2014) e López-Cano (2015), as primeiras conclusões apontaram sugestões interpretativas que visam explorar a habilidade imaginativa como ação durante a performance.