O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas no Rio de Janeiro, conhecido como “Feira de São Cristóvão”, reúne o maior pólo cultural do Norte-Nordeste fora dessas regiões. Pretendemos abordar as mudanças estruturais, movimentos migratórios, conflitos, agenciamentos e articulações políticas que levaram a Feira a se consolidar como um espaço simbólico e econômico fundamental para a cidade. Um lugar de cultivo de um determinado “nordestino” (ALBUQUERQUE JR., 2011), que teve nas práticas poético-musicais o elemento estrutural nesta construção identitária. Então, o interesse está na trajetória dessas práticas frente às transformações históricas que moldaram sua atual “paisagem sonora”, cujas linhas acústicas definem esse nordestino como uma comunidade ideal (SCHAFER, 2001).