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O debate em torno da trap music, ou simplesmente o trap, no círculo acadêmico acaba destoando das discussões que majoritariamente partem do viés da música de concerto de tradição europeia (SOUZA, 2020). Mesmo no meio da música popular, os estudos sobre os gêneros periféricos se mostram incipientes na Música, ocupando por vezes outras cadeiras, como a Antropologia, Sociologia ou a História, o que abarca principalmente seus aspectos sociais e históricos, mas que não pondera como estas questões reverberam em sua sonoridade. Portanto, este estudo intenta considerar os aspectos sonoros do gênero musical, observando como estes são reflexos de uma realidade própria ao tratar o gênero musical analisando sua capacidade de agência social (GELL, 2018) no desenvolvimento de vínculos ao conectar pessoas e comunidades, e de como esta relação aponta para questões profundas que logram uma conduta reagente e emancipatória (KALUŽA, 2018) à disparidade entre as classes sociais.