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Este artigo é o resultado de pesquisa que se propôs a mapear os textos de crítica musical publicada no Semanário O Pasquim no ano de 1973. Foi elaborado um sumário, a partir do qual notou-se a colaboração expressiva do jornalista, crítico, produtor musical e publicitário Julio Hungria. Seus textos passaram a ser o foco da análise. Foi estudado O Pasquim em relação com o período do Regime Militar, e como parte do fenômeno da Imprensa Alternativa. A pesquisa foi realizada na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. A partir das análises percebe-se que O Pasquim se mostrou favorável à inovação musical, e que o crítico Julio Hungria abordou a novas necessidades e formatos de produção musical, analisou o mercado internacional e criticou a falta de atualização do mercado fonográfico brasileiro. Esteve atento também às tensões entre os novos artistas e as empresas que controlavam o mercado, tanto da indústria fonográfica quanto da televisão. Veículos de imprensa alternativa como O Pasquim, ao não se preocuparem com a própria viabilidade econômica ou política, mantiveram postura mais independente e deram muito mais poder de crítica aos seus colaboradores.